quinta-feira, outubro 26, 2006


Quanto àquelas telas, antes do meu recente trauma do metrô, são de Carlos Pertuis. Ele foi paciente de Nise da Silveira, uma psiquiatra brilhante, muuuuuuuuuuuuuuuito à frente do seu tempo. "Certa manhã, raios de sol incidiram sobre um pequeno espelho de seu quarto: brilho extraordinário deslumbrou-o, e surgiu diante de seus olhos uma visão cósmica - "O Planetário de Deus" , segundo suas palavras. Gritou, chamou a família, queria que todos vissem também aquela maravilha que ele estava vendo.
Foi internado no mesmo dia no velho hospital da Praia Vermelha, em setembro de 1939. Tinha então 29 anos. " http://www.museuimagensdoinconsciente.org.br/
Meu Deus. Que povo esquisito. Não, esquisito não. Feio mesmo. Desanimado. Indiferente. Parece todo mundo feito de massinha de modelar, sabe? Tudo mecânico, mal articulado, de péssimo gosto. E eu que amo São Paulo...O metrô, aquela coisa linda, cheio, lotado, apinhado, parecia formigueiro. Povo mal educado, horroroso. Lembrei do Lula...combinam com o Lula mesmo. Aquela coisa improvisada, "dá-se um jeito, companhêro". O que é que tão fazendo com a minha cidade? É...meu olhar mudou. Muito.

domingo, outubro 22, 2006

Bonito, né? Não parece aquele pintor nordestino (Romero de Brito? Será que é isso?)? Ahá! Mas não é. Depois eu conto mais.
Pronto. Consegui. Difícil postar essa, caramba! Será o preconceito??? rs Tem beleza ali. A beleza do desafio, da sugestão da ambigüidade, a coragem da ambigüidade. Pode ser paradoxal mas eu acho essa postura extremamente máscula. Eu gosto.
Tem coisas que me intrigam um pouco...mas só um pouco. Fiquei, aqui, vendo fotos e mais fotos...Amo fotos. Lembrei de uma coisa que li, faz tempo. "A casa dos budas ditosos" (João Ubaldo Ribeiro). A narradora dá o seu conceito sobre homem que vale a pena: somente aqueles que são corajosos o bastante para admitir sua bissexualidade. Tem outra foto mas ela não entra. Eu gostei muito dela. Já a definição...bem, a conferir, qualquer dia aí...

sábado, outubro 21, 2006

Ontem, assisti esse filme. Muito ruim. "Doce Novembro". Embora ruim, não pode deixar de ser bonito, afinal de contas tem essa coisa mais que linda chamada Keanu Reeves, desfilando pela tela. Atuando mal. Deve ser culpa daquela Charlize. Gente, muito ruim! Mas me fez refletir. Lido diariamente com gente acometida por doença incurável, grande parte é suicida em potencial. O peso da morte. A morte iminente deles e delas me lembra a minha, que um dia, infelizmente, vai chegar. Alguns (muitos), inconscientemente, escolhem um suicídio gradativo, diário, em doses homeopáticas. Estamos aprendendo a respeitar as opções dessas pessoas. Morrer. A mocinha do filme faz uma opção tão interessante quanto inverossímil. O final do filme é um fracasso. Mesmo assim, vale alguns segundos de reflexão.

sexta-feira, outubro 20, 2006

Ontem, eu dormi pensando nele. Justo nele. Lembrei do cheiro dele, lembrei do beijo dele. Não queria ter me lembrado daquilo porque me lembra sempre que é tão pouco...e quem se contenta com pouco tem sempre pouco.
O engraçado é que eu quero pouco, aliás, não. Eu descobri, há pouco tempo, que PRECISO de pouco pra me sentir bem e feliz.
Já aconteceu isso com você? Parece até TPM...mas nem é.
Talvez esse pouco não esteja em homem nenhum.
Deu vontade, hoje.
Começar de novo.
É pausa pra isso e praquilo...portanto, pausa para a pausa.
Vou botar sempre uma pausa na agenda. Gostei disso.
Pausa no pensamento.
Pausa nos sofrimentos, principalmente os inúteis.
Pausa para as frases de efeito e inteligentes. Tem hora que odeio ser inteligente.
Pausa, enfim, pra mim.
E um cigarro.
E um café.